terça-feira, 8 de julho de 2014

Anna em novos versos






Tenho um segundo nome, que por acaso é o que mais usam ao referir-se a mim e que não tem um significado, e tem, mas não significa nada de interessante. Mas é um belo nome e é meu. Eu. Sou quem você conhece, porém nego a mim mesma certas verdades, porque pra mim a realidade ainda está indecisa. Uma hora boa, outra ruim. Sim, a realidade nem sempre é ruim.
Não perdi tempo! Aceitei que não sou cheia de sonhos. Pra ser sincera, não imagino ser diferente. Por isso, preciso dizer que ser uma garota 'como eu que amava os Beatles e os Rolling Stones', nunca me pareceu antes tão extraordinário. Antes. Antes, nunca pensei que o agora fosse chegar...as coisas continuam as mesmas só que diferentes agora. O que significam esses dois "n"? Anna, teus pensamentos "são labirintos", que me distraem. A verdade é que eu também tenho isso. As vezes, pé na estrada, cabeça lá na lua.
Você pode até dizer que meus olhos e sorriso são bonitos, até que eu gosto deles também, mas quando eles não parecerem tão empolgados é porque embora eu faça isso, ao negar momentâneas tristezas é como um terremoto por dentro. As paredes interiores caídas.
Seria eu inteligente? Acho que inteligência todo mundo tem, só alguns não sabem usar. Eu não dou o meu máximo sempre, isso é um fato. É fácil encontrar defeitos em mim. E sim, eu vou chorar se me deixar, vou chorar se sentir uma saudade irremediável, mas quando superar vai ser bem difícil sentir novamente isso. Nem tudo é complexo, nem tudo é perfeito, talvez eu seja a evidencia disso: simples e imperfeita. Como qualquer um tenho sensações repentinas. Uma leitura pode me provocar emoções, porque eu sinto quando as palavras falam comigo e não simplesmente estão impressas. Caminho as vezes olhando pra minha própria sombra. Rio á toa. As vezes tímida, as vezes não. Noturna. Medrosa. As estrelas as vezes ficam perdidas, porque a lua nunca perde o encanto. Cor azul marinho. Mar e areia. Palavras de Mario Quintana. Texto que consegue ser crônica e fábula. Podcast só se for "Café Brasil". Tapinha carinhoso. Meio ciumenta... ta bom... muito ciumenta porém nada controladora, não gosto de controlar as pessoas ao meu redor, naturalmente elas me acontecem e eu aconteço á elas. 
Vez em quando escolho escrever sobre o que nem sei direito -amor, velhice, personalidades- só pra saber se é isso mesmo. É um teste. São suposições e afinal, certeza é uma palavra muito forte, e uma das poucas coisas que tenho certeza é que raro do que dizemos anda perto de ser certeza. Exceto aquilo que é tão evidente, tão inegável como o vento. Queira ou não, essa sou eu. E de uma forma desajeitada me apresento, meu nome é Raabe. Em outros versos, chama, entoa, engana que que eu também sou Anna.